Filosofia da História e Teoria da Fronteira no Ensaio Americano: interculturalidade e integração

Em 19/04/20 13:17 Atualizada em 25/04/20 14:30

Resumo: Há uma filosofia da história - crítica e especulativa – no ensaio latinoamericano do século vinte. O gênero misto é importante como registro de esforços de produção de discursos identitários e orientadores, como marco do pensamento histórico no Novo Mundo e como experimento interpretativo inovador. Sobretudo, nele foi produzida uma teoria da fronteira de caráter historicista necessária ao projeto de atualização que coordena  o trabalho intelectual das elites letradas do extremo-Ocidente. Interessados em comunicação intercultural podem muito aprender com essa forma do humanismo. Ensaístas como Alfonso Reyes, Octavio Paz, Jorge Luis Borges, Fernando Ortiz, Alejo Carpentier, Lezama Lima, Cabrera Infante, Garcia Marquéz, German Arciniegas, Severo Sarduy, Edouard Glissant, Guimarães Rosa, Buarque de Holanda, Gillberto Freyre e José María Arguedas não são relativistas. Suas obras são marcadas por uma reflexão sobre o Ocidente e pela busca da especificidade da experiência americana. Tal interesse se combina com um conceito de humanidade fixado no processo de modernização europeu. A acentuação da dimensão estética das interpretações históricas e a crítica da linearidade das representações do tempo são mais um tipo da cultura histórica ocidental do que um „outro“ que teria desenvolvido-se contra ela.

Coordenador: Prof. Dr. Luis Sérgio Duarte.